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O Banco de Órgãos e Transplantes

Orientações


- O que é Central de Transplantes?
Central de Transplantes ou CNCDO (Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos), é o setor da Secretaria Estadual de Saúde, responsável por todo processo de doação de órgãos e tecidos na sua área de abrangência. Controla todas as doações e é responsável pela distribuição dos órgãos e tecidos doados.

- Como são formadas as listas de espera para transplantes?
As listas de espera para transplante são regulamentadas por lei. Estas diferem de acordo com o órgão ou tecido.
Para córnea (tecido) a lista é única, e a posição em lista obedece a data de cadastramento do paciente junto à Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos.
Para os órgãos sólidos (rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas) a lista de espera é subdividida conforme os grupos sanguíneos (A, B, AB e O).

- Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.

- Que tipos de doador existem?
Doador vivo Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador morto São pacientes em UTI ( Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.

- Como posso ser um Doador de Medula Óssea?
A medula óssea (tutano) é a parte interior dos ossos. Ela é responsável pela produção do sangue e, como este tem uma renovação constante, trabalha ininterruptamente. Algumas pessoas apresentam doenças na medula, que podem se dar tanto pelo excesso de produção (leucemias) como pela falta (anemias).
Dependendo da gravidade do caso, uma alternativa de tratamento é o transplante. Esse procedimento não envolve cirurgia e consiste em eliminar a medula doente com medicamentos e infundir, por uma veia do braço, as células colhidas do tutano de um doador saudável, que são formadoras de medula.
O doador ideal é o que tem a mesma “assinatura genética” do receptor. A chance de um irmão ter essa mesma ”assinatura” é de aproximadamente 25%, o que faz com que muitos dos pacientes que necessitam do transplante não o encontrem na família. Nesses casos, pode-se recorrer a doadores voluntários de medula. Essas pessoas devem ser indivíduos saudáveis e que se disponham a doar células de sua medula a quem necessita do transplante e não tem doador familiar.
Para pertencer ao cadastro de doador de medula é necessário preencher formulário e coletar sangue para exame. O exame registra a “assinatura genética” do doador num computador no Rio de Janeiro. Quando surge alguém que precisa do transplante, busca-se nesse computador um indivíduo com a mesma “assinatura” do paciente, e esse voluntário é então convidado a ser seu doador.

- Onde doar?
Hemocentro-RS/fone:(51)3336-6755
Hospital Dom Vicente Scherer/fone:(51)3214-8670

- Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador morto?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos, e tendão.

- Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.

- Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico.
O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.


- Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.


- Somente pessoas jovens podem doar órgãos?
Não. A idade não é fator limitante para a doação de órgãos. Pode limitar para o coração e pulmão, mas uma pessoa acima de 70 anos, por exemplo, pode doar rins, fígado e córneas.


- Quem teve hepatite pode ser um doador de órgãos?
Sim. Quem teve hepatite e está curado pode ser um doador de órgãos. Existem pessoas aguardando pelo transplante que também tiveram a doença e poderão ser receptores.