O presidente da CDL, Eldo Milani, e o diretor de Meio Ambiente da CIC, Anésio Possamai, participaram segunda-feira, 21 de janeiro, de reunião do Conselho do Banco de Resíduos, realizada na Fiergs. Na ocasião Thomas Herborn, da empresa HERBORN GMBH - Lampenrecycling-Umwelttechnik-Gustavsburg, da Alemanha, falou sobre o processo de descontaminação de lâmpadas fluorescentes. A empresa já possui uma unidade em funcionamento no Brasil. O investimento inicial para a aquisição e implantação do equipamento é de aproximadamente R$ 2 milhões.
Elas seduzem o consumidor, porque consomem menos energia. São mais caras que as comuns, mas duram mais: em média, até três anos. O problema é que, depois de queimadas, o destino quase sempre é um só. Mais de 40 milhões de lâmpadas fluorescentes vão para o lixo, no país. Cada uma delas carrega, em média, dez miligramas de mercúrio, uma substância tóxica para o organismo. Individualmente é pouco. Mas somadas, as lâmpadas, quando são descartadas, jogam no ambiente quase meia tonelada de mercúrio por ano.
A quantidade preocupa os especialistas, já que é um dos principais poluentes ambientais, levando a doenças graves. No Brasil, existem poucas empresas de reciclagem de lâmpadas. Elas só recebem volumes grandes, difíceis de juntar em uma residência. Esta é a grande dificuldade apresentada pelo Banco de Resíduos, viabilizar a manutenção de um sistema de reciclagem e sua logística. ?Quem deve pagar a conta? O consumidor, as lojas ou o fabricante?? questiona Luiz Rebouças dos Santos.
Lâmpadas fluorescentes
Uma lâmpada fluorescente típica é composta por um tubo selado de vidro preenchido com gás argão a baixa pressão e vapor de mercúrio, também a baixa pressão parcial. O interior do tubo é revestido com uma poeira fosforosa composta por vários elementos (alumínio, chumbo, cobre, cromio, magnésio, mercúrio, sódio, níquel, ferro, dentre outros). Se forem depositadas em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e mais tarde, os cursos de água, chegando depois à cadeia alimentar.