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Comunicação e Imprensa

Um livro fechado é uma história que ninguém conhece

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O tema da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre “Quem lê, sabe o caminho”, foi muito significativo para o Banco de Livros da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, da FIERGS, que tem proporcionado oportunidades infinitas a milhares de beneficiários de suas doações ao longo de sua história. São 15 anos de atividades, completados no dia 5 de novembro, celebrando a criação do primeiro Banco de Livros do Brasil.  Durante a Feira do Livro, que foi realizada de 27 de outubro a 15 de novembro de 2023, foram coletados 10 mil livros em doações.

 

A data foi comemorada no espaço onde o projeto foi lançado à sociedade no ano 2008, na programação da 54ª Feira do Livro, daquele ano. Muito se conquistou nestes 15 anos e a Praça da Alfândega tem sido um extraordinário local de arrecadação de doações de obras dos mais diversos gêneros para que o Banco de Livros possa cumprir sua missão: garantir maior acesso à cultura, inspirando, transformando vidas e possibilitando a abertura de novos horizontes a todos, gratuitamente. Um livro fechado é uma história que ninguém conhece, por isso é importante doar livros.

 

O Banco de Livros, presidido por Waldir da Silveira, esteve com um estande na Feira do Livro recebendo doações e arrecadou 10 mil títulos. 

 

Quem recebe os livros

 

As doações feitas pela comunidade permitem que o Banco de Livro aporte acervos ou mesmo monte novos espaços em diferentes ambientes, como hospitais, escolas, asilos, presídios e bibliotecas comunitárias.  “Em 2023, atendemos uma grande demanda de bibliotecas comunitárias, criadas principalmente por associações de bairros de Porto Alegre, que têm suprido o papel do poder público oferecendo espaços de leitura e empréstimos de livros. Estas bibliotecas têm sido importantes, senão as únicas, referências de leitura e disseminação de conhecimento nas comunidades mais vulneráveis”, destaca a bibliotecária responsável pelo Banco de Livros, Neli Miotto. Quando necessário, o Banco de Mobiliários também é parceiro nos projetos, mobiliando as bibliotecas com estantes, mesas e cadeiras, deixando as salas mais aconchegantes e totalmente equipadas.

 

Outro segmento que também demanda muitos livros é o de hospitais. Em Porto Alegre, cinco casas de saúde recebem obras todo mês, possibilitando a pacientes e familiares relaxantes minutos ou horas de leitura, deixando o período de internação mais leve. “Normalmente eles levam para casa os livros, e isso é ótimo, significa que a leitura proporcionou momentos felizes, mas gera uma grande demanda de doações”, ressalta Neli. 

 

Em parceria com a Susepe, o Banco de Livros também mantém espaços de leituras em 105 das 114 unidades prisionais do Estado, disponibilizando além de livros o projeto chamado Passaporte para o Futuro, pelo qual pessoas em situação de privação de liberdade têm acesso à informação e à literatura. O projeto visa o desenvolvimento pessoal, subsidiando materiais literários e didáticos para que os reclusos se preparem para o ENEM. Além disso, o Passaporte edita a cada dois anos o livro “Vozes de um Tempo”, escrito somente por apenados. Já são cinco volumes publicados.

 

São inúmeras demandas de segmentos diversos de todo o Estado e por isso o Banco de Livros necessita de doações contínuas da comunidade.  

 

Como doar

 

Vários estacionamentos da Safe Park são parceiros e recebem diariamente, durante todo o ano, doações em prol do Banco de Livros (saiba onde doar pelo link: bit.ly/ondedoarlivros)

 

O que doar

 

A maior necessidade, neste momento, são materiais infanto-juvenis, gibis e quadrinhos, além de livros literários em geral. “Histórias em quadrinhos ou gibis têm um roteiro fácil e atraente, que encantam crianças e jovens, estimulando o imaginário com as ilustrações conectadas ao texto, sendo grandes incentivadores do prazer pela leitura”, afirma a bibliotecária Neli Miotto.