O Banco de Tecido Humano-Pele, da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS, colocou à disposição do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, todo o estoque disponível de Pele para ajudar no tratamento das vítimas do incêndio em uma creche localizada na cidade de Janaúba, em Minas Gerais, na quinta-feira (5). No ataque, provocado por um vigia, crianças, uma professora e o próprio autor morreram, e dezenas de pessoas ficaram feridas.
O Banco dispõe de cerca de 7 mil cm² de pele, e tudo deverá ser enviado a Minas Gerais. “Assim que as crianças estiverem tratadas, bem equilibradas, para passar por um procedimento delicado que é o transplante, as peles serão enviadas para transplante. Estamos de prontidão para isso", afirma o cirurgião Eduardo Chem, Presidente do Banco de Pele.
O Banco de Tecido Humano Pele Dr. Roberto Corrêa Chem, instalado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é integrante do Projeto dos Bancos Sociais da FIERGS, sob a presidência e Responsabilidade Técnica do Dr. Eduardo Mainieri Chem.
O Banco de Pele têm a função de captar, processar, preservar e disponibilizar lâminas de pele alógena com a finalidade de transplante. A retirada da pele é feita em centro cirúrgico sob condições de assepsia rigorosa e o processamento é realizado sob as mesmas condições assépticas dentro dos bancos de pele. Nas situações de queimaduras graves, o enxerto de pele alógena é indispensável no tratamento e manutenção da vida dos pacientes.
O transplante de Pele é praticado da mesma forma que os demais órgãos, como pulmão, rim, etc. A família do doador é quem pode autorizar a retirada do tecido e concretizar o desejo de doação.