Banco de Tecido Humano-Pele
O Banco de Pele Dr. Roberto Corrêa Chem, instalado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é integrante do Projeto dos Bancos Sociais da FIERGS, sob a presidência e Responsabilidade Técnica do Dr. Eduardo Mainieri Chem.
O Banco de Pele têm a função de captar, processar, preservar e disponibilizar lâminas de pele alógena com a finalidade de transplante. A retirada da pele é feita em centro cirúrgico sob condições de assepsia rigorosa e o processamento é realizado sob as mesmas condições assépticas dentro dos bancos de pele. Nas situações de queimaduras graves, o enxerto de pele alógena é indispensável no tratamento e manutenção da vida dos pacientes.
O transplante de Pele é praticado da mesma forma que os demais órgãos, como pulmão, rim, etc. A família do doador é quem pode autorizar a retirada do tecido e concretizar o desejo de doação. A pele doada possui poucos milímetros de espessura, sendo mais fina que uma folha de papel. Essa área não fica exposta, sendo normalmente o troco ou pernas.
Histórico do Banco de Pele
O Banco de Pele da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre foi idealizado pelo Dr. Roberto Corrêa Chem, médico que atuou intensamente no desenvolvimento do Banco e trabalhou em importantes pesquisas da área. O nome do Banco é uma homenagem em memória a este grande médico, falecido no acidente aéreo do vôo 447, da Air France, junto com sua esposa Vera, e a filha Letícia. Dr. Eduardo Chem, que era colega do pai Roberto Chem na mesma especialidade, assumiu como Diretor Médico do Banco de Pele e deu continuidade ao belo trabalho desenvolvido, ajudando a salvar vidas em todo o país.
O sonho da criação do Banco de pele foi materializado na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS, por intermédio da Fundação dos Bancos Sociais, coordenado por Jorge Luiz Buneder. Sua inauguração deu-se em 2005, tendo sido à época o primeiro Banco de Pele do País e o terceiro da América Latina, recebendo, no entanto, sua primeira doação de pele em 2007.
Contribuíram ainda para o efetivo início de suas atividades, a intervenção do então presidente da FIERGS Paulo Fernandes Tigre e a Ministra Chefe da Casa Civil na época Dilma Rousseff, que trabalhou pela obtenção da necessária Portaria que autorizou a captação de pele de pessoas mortas. Já a viabilização financeira do projeto para instalação do Banco na Santa Casa, foi da Refinaria Alberto Pasqualine (REFAP), que tinha como presidente Hildo Henz.
Outra grande conquista do Banco ocorreu em 2009, quando foi obtida a autorização do INSS para pagamento dos procedimentos médicos pelo Sistema Único de Saúde - SUS, conquista que juntamente com a aprovação da Portaria que autorizou a captação de pele de cadáver, constituiu-se num grande avanço da medicina no País.