Iniciada em 22 de setembro, a segunda turma do curso de Tecelagem Criativa já está produzindo suas primeiras obras com os teares. O curso do Banco de Vestuários é oferecido pela Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais e utiliza um processo totalmente diferenciado de ensino, resultando em um produto artístico pouco conhecido no Brasil.
A criação do curso foi impulsionada pelas incentivadoras dessa técnica no Rio Grande do Sul, senhoras Marilia Herter, Maria Rita Webster e a professora Margret Spohr. O Curso ministrado pela Professora Margret formou 12 alunos na sua primeira edição.
A segunda turma conta com 12 participantes aprendendo um novo ofício que fornece o conhecimento necessário para a confecção de diversos produtos, tais como: mantas, artigos de vestuários, cobre-leito, tapetes, artigos decorativos, entre outros.
O Curso tem como objetivos a capacitação em tecelagem manual, criação de mão de obra, inclusão no mercado de trabalho, desenvolvimento de novos produtos e geração de renda para os artesãos. Os alunos freqüentam as aulas quatro dias por semana, das 8h30 ao meio-dia.
Segundo a Professora Margret Spohr, a tecelagem é conhecida por ser uma das formas mais antigas de artesanato presente na atualidade e imutável, utilizando os mesmos princípios inclusive na indústria “Vertical, horizontal, para cima e para baixo. Imutável apesar da evolução tecnológica, pois os teares industriais observam o mesmo princípio. O tecido vai ser... esta é a primeira pergunta a ser respondida para então definir... fios, tensão da trama, cores e técnica, enfim... projeto têxtil. Por ser um trabalho manual é único”enfatiza.
Hoje, a tecelagem se desenvolveu e, além da lã - matéria prima tradicional no Rio Grande do Sul - podem ser utilizados couro, algodão, seda e principalmente reaproveitar materiais como tecido, papel, plástico, fios de cobre e outros materiais alternativos.